The Bell Jar, de Sylvia Plath
- MC.
- 22 de mai. de 2022
- 2 min de leitura

Por onde começar? Pelo princípio, suponho (uau...). Ouvi falar muito deste livro, sempre com opiniões muito fortes e positivas. Claro está que as minhas expectativas ficaram lá em cima. E agora, será que corresponderam? Não percam o próximo episódio, porque nós... Estou a brincar. Não fiquei desiludida nem fiquei super impressionada, apesar de não deixar de considerar um bom livro!
The Bell Jar, que significa redoma de vidro (como a da Bela e o Monstro) fala precisamente como é sentirmos que estamos dentro de uma. Não precisamos de passar por grandes desastres ou traumas para nos sentirmos encurralados e incompreendidos, e está tudo bem. Sejamos todos mais compreensivos connosco próprios, boa? Boa.
Esther, uma aluna exemplar e talentosa de Boston, ganha aos 19 anos uma bolsa para passar um mês em Nova Iorque (com mais 11 colegas) num estágio de verão numa revista chamada Ladies' Day. Dentro de todo o entusiasmo sentido pelas colegas pelas experiências a que ficaram expostas, Esther sente-se a estranha por simplesmente não sentir nada. Nem com o trabalho, nem com tudo de extraordinário que pode acontecer numa cidade como Nova Iorque. Começa então a sua história de desequilíbrio emocional. O não saber o que quer fazer da vida torna-se numa grande pressão que põe em si própria que, aliada a todas as pressões que a sociedade tem já definidas para uma mulher, começam a tornar-se insuportáveis.
Importante na reflexão que faz da saúde mental e no cuidado que devemos ter com a mesma, The Bell Jar mostra-nos o percurso no lidar com a ansiedade extrema, e em como esta pode ter diversos desfechos. Apesar de escrito em 1963, é uma leitura que facilmente se insere nos dias de hoje, principalmente por a saúde mental ser cada vez mais um tópico de conversa e discussão. Felizmente! Ou isso, ou sou muito ingénua e não vejo que está tudo na mesma, e que é por isso que o livro ainda se encontra tão atual. Mas quero acreditar que não.
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