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A Morte do Comendador, de Haruki Murakami

  • MC.
  • 13 de abr. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 19 de nov. de 2022


Quem já leu Haruki Murakami sabe que é um autor que usa muitas vezes o realismo mágico nas suas narrativas. Não são livros de fantasia, nem perto, mas há sempre um quê de magia envolvida, uma característica muito sua. Este livro não é exceção. Não é a primeira obra que leio do autor, e também não será o primeiro a desiludir (se é que isso é possível!), e foi sem dúvida mais um caso de conquista imediata!


Neste livro acompanhamos um pintor profissional que, depois do curso, e para pagar as contas, se lançou no mundo dos retratos. Descobriu ter um certo talento para tal, por saber fazer uma observação às pessoas além da física, tornando os seus retratos algo especiais. Agora, será que este caminho o satisfazia como artista? Não, de todo. O leitor acompanha então a transformação da sua arte, em simultâneo com mudanças significativas na sua vida e com episódios que nem o próprio sabe explicar.


Começamos na altura da vida deste retratista sem nome em que este passa por um divórcio e, por consequência, se muda para uma casa que pertencia a um pintor de renome, pai de um colega de curso seu. Com esta mudança decide parar com os retratos para poder reencontrar o seu caminho artístico. No entanto, ao se ver num bloqueio, vê-se obrigado a aceitar uma encomenda por parte de um desconhecido que fazia questão de ser retratado por ele, e que oferecia uma quantia avultada de dinheiro em troca. Porque será que o queria especialmente a ele? E ainda por cima disposto a ter uma despesa tão grande para o conseguir...


Conhecer este homem invulgar é apenas a entrada no labirinto que são os acontecimentos seguintes, que lhe permitem chegar à sua nova linguagem artística. O primeiro de dois livros colou-me do início ao fim, e assim espero - sem grandes dúvidas - que seja com o segundo.

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